sexta-feira, julho 29, 2005

Imparcialidade democrática


Lamentavelmente alguma imprensa - não partidária e supostamente neutra – intromete-se na campanha eleitoral e prefigura ao seu gosto a confrontação “final e decisiva” em cada concelho, manipulando desta maneira a opinião pública.
Assim, no distrito de Coimbra só se refere a confrontações entre o PSD e o PS discriminando todos os cidadãos com opções políticas “menos correctas”.

A nossa reacção foi a seguinte :

Estimado Sr. Redactor,
No Diário As Beiras de 1-07-05, nas páginas 10 e 11, constatei com estranheza e com alguma indignação que no artigo do vosso jornalista P.M. o debate político em Penela é reduzido a um confronto PSD-PS, sem necessidade de ouvir qualquer outro partido.
Isto não só é injusto como também é antidemocrático: a decisão de dar ou não dar importância aos partidos e aos seus candidatos compete exclusivamente aos eleitores e não aos jornais.
Neste contexto vale a pena referir que :
- nas entrevistas publicadas, nenhum dos dois entrevistados emite qualquer opinião original : limitam-se a lugares comuns, banalidades e muito “déjà vu et entendu”. Como se diz na Bíblia: vinho novo em odres velhos…
- os eleitores do CDS/PP podem ter nestas eleições um papel decisivo na balança das forças políticas em Penela
- os Penelenses têm - eles também- o direito a outras opções políticas além dos 2 (actualmente) grandes partidos, que já provaram a diversos níveis que sofrem de uma anquilose política crónica.

quinta-feira, julho 28, 2005

Quando a palavra "ambições" é escrita com minúsculas


Temos a impressão que alguns políticos em Penela guardam secretamente – no fundo do seu coração – como única ambição a transformação do concelho num dormitório de Coimbra: mais habitantes, prédios altos, alguns supermercados, muitas rotundas e – se possível – uma via rápida até à capital do distrito. Sonham com o ideal da cidadezinha "moderna", sacrificando alegremente a identidade da terra e deixando-a sem alma e sem memória.
Se temos de viver no contexto de Coimbra, então porque não optar para sermos uma zona residencial com alta qualidade: que traz proveitos para a população local e que não a obriga a perder a sua autenticidade e a estragar o seu património natural.
O que hoje é considerado por alguns como o cúmulo do "progresso", amanha será severamente condenado como sendo o fruto da falta de visão no início deste século.
Mas, já será tarde de mais...