terça-feira, dezembro 18, 2012

Conversa de Taberna populista



Num artigo publicado no diário As Beiras, 6 dias antes da vinda de Angela Merkel a Lisboa, Paulo Almeida, líder distrital do CDS de Coimbra, fez uma tentativa bem sucedida para ganhar o Óscar do texto mais fútil e anodino do ano, sob o lema: " a necessidade de alguém nos representar na saída do labirinto da austeridade em que nos querem manter cativos”.
O autor lamenta que  "as visitas alemãs aos países em situação financeiramente difícil mais parecem inspecções". Pois é um facto que os representantes alemães nutrem um grande respeito pelos seus contribuintes e cumprem plenamente a sua obrigação de conferir onde vai o dinheiro dos seus impostos: será para autoestradas sem transito, para estádios de futebol sem espectadores ou para  aeroportos onde nunca aterram aviões? ou simplesmente desaparece no poço sem fundo da corrupção? Como a história já provou que as informações provenientes do Banco de Portugal não são sempre de grande confiança, os Teutôes - do ponto de vista deles - talvez tenham razão em vir verificar "in loco". 
Almeida alude  “às nações asfixiadas por via da moeda única”, porque provavelmente não se recorda que Portugal aderiu de livre vontade à zona euro e em plena consciência das regras e imposições inerentes à adesão e - espero eu - não só para angariar subsídios e apoios.
A denuncia da “confrangedora inexistência política” de Durão Barroso, assinalando que ele “abandonou o barco (ou era um submarino?)” da anterior coligação PSD - CDS/PP",  não é baseada num raciocínio 100% correcto, porque analisando bem  a trajectória politica de Durão, percebe-se logo que não lhe falta actividade política, todavia sempre motivada por puro oportunismo pessoal. Quem esperava que ia defender sem mais nem menos a causa de Portugal, merece um diploma de ingenuidade.
Segundo Paulo Almeida "Cavaco Silva e  Passos Coelho hão-de banquetear-se com Merkel, a quem Vitor Gaspar beijará a mão”. Lamento dizer, mas isto só prova que Cavaco, Passos e Gaspar não só são pessoas educadas, mas também realistas e sabem que devem respeitar a fonte de dinheiro que permite que o Estado Português continue a funcionar.
Finalmente quando pinta o Presidente da República  como “envergonhado e em depressão pela inutilidade em que se tornou, dificilmente fará alguma coisa", deveria de facto rezar para que Cavaco não demita o governo, porque nas eleições que logicamente irão seguir, Almeida poderia ver desvanecer o seu sonho de sempre: um dia entrar em São Bento, custe o que custar.
Concluindo, aconselho vivamente ao Presidente do CDS-Coimbra à leitura do artigo de José António Saraiva no Sol nº 328 com o título"O que nos aconteceu?" onde compara, em termos comprensíveis para todos, Portugal a uma família que gastou a mais durante anos, mas que mesmo assim não hesita em irritar e incomodar os amigos que lhe tinham emprestado dinheiro.
Ingratitude is the world´s reward ...

sexta-feira, outubro 19, 2012

A agregação das freguesias: Penela, a oportunidade perdida

Um dos cavalos de batalha deste governo era, supostamente, a agregação das freguesias, não só por motivos de poupança mas também – creio eu – para modernizar o aparelho do Estado. Já à partida o processo começou de forma inversa oferecendo aos municípios a possibilidade de se pronunciarem sobre a reorganização administrativa de cada território quando isto deveria ser feito logo, desde o início, por técnicos-especialistas, só dando depois às câmaras a possibilidade de recorrer. É do conhecimento geral que o poder local, sejam autarquias, sejam freguesias, nunca foi um grande protagonista de mudanças administrativas, bem pelo contrário: neste aspecto sempre foi um factor de imobilismo conservador e demasiado preocupado com a manutenção das suas prerrogativas. Neste contexto é de esperar que a maior parte dos municípios farão tudo para limitar ao máximo a remodelação administrativa do território, quase um boicote suave…
Entretanto tivemos no 31 de Março a grande manifestação “retro” em Lisboa, que foi verdadeiramente uma mostra de Portugal no seu melhor: milhares de pessoas acompanhadas por grupos folclóricos, acordeonistas e outros Zés Pereiras, vociferando contra a extinção de freguesias. Francamente incrível: enquanto muitos países resolveram já há décadas o seu problema de excesso de entidades minúsculas abaixo do nível de "Câmara Municipal", continua a ser possível em Portugal mobilizar multidões contra esta reforma tão necessária. Qual será o mal trocar as Juntas constituídas por via política e pagas pelo contribuinte, por serviços administrativos, provavelmente de maior competência, prestados por um funcionário da Câmara? Admito que tenho algumas experiências traumáticas com Juntas de Freguesias geridas à base de favores e cunhas, e neste contexto prefiro sem dúvidas um tratamento administrativo neutro, objectivo e não politizado: tratar dos meus assuntos não pode depender da benevolência de alguém; é simplesmente um direito meu. Nos países onde as “freguesias” ou similares foram abolidas, a população recebe apoio administrativo nas instalações existentes, nos horários habituais: neste aspecto nada muda.
Para além disso, todos os argumentos utilizados para a manutenção do “status quo” são de ordem sentimental, alguns francamente erróneos: por exemplo, como é que livrar o país dum estado de esmigalhamento extremo poderia afectar a coesão nacional? Não será antes o contrário? Será socialmente tão saudável convidar a cada quatro anos as populações destas pequenas sociedades a dividirem-se em grupos políticos inimigos e ficarem em pé de guerra partidária na altura das eleições locais?
Outro argumento querido pelos “ tradicionalistas irredutíveis” é a perda da “proximidade” em caso de reforma administrativa: isto era de facto um bom argumento há cem anos no tempo dos bois, dos burros e dos caminhos de terra batida; mas agora, em 2012, na era do telemóvel, do e-mail, da videoconferência, do SMS, com uma rede densa de estradas (por vezes até demais) parece-me um exagero sem limites.
Quem explicará à Troika que o interior de Portugal - e não só - ainda anda na época do paternalismo paroquial mais antiquado, e que há gente que utiliza uma terminologia hilariante do género de “não compreendemos … que se extingam as freguesias de Podentes e Rabaçal com toda a carga ancestral e de identidade que as solidifica e enobrece…”, até quase parece uma frase roubada aos “Monty Pythons”.
Penela optou por só agregar as suas duas maiores freguesias (criando segundo a imprensa uma mega-freguesia (!) de 3300 habitantes), uma fusão que na realidade já deveria ter sido feita há meio-século; de facto, não vemos qualquer semelhança entre São Miguel ou Santa Eufémia e Berlin-Este ou Oeste e “o muro imaginário” que passa através do edifício nº 28 da Rua de Coimbra só é visível para os “iniciados” oriundos desta Terra. Assim, Penela irá reduzir o mínimo possível o número de freguesias (de seis para cinco), mantendo as quatro mais pequenas o que significa uma reforma minúscula baseada numa Lei mole e muito pouco exigente. Existem duas possibilidades: ou o Senhor Secretário de Estado e o Governo ao qual pertence nunca quiseram na realidade uma reforma administrativa profunda do país, e optaram por montar um esquema para inglês ver ou então, se o desejo de dotar Portugal de uma administração municipal mais simples, mais profissional e mais eficaz era mesmo sincero, o Eng.º. Paulo Júlio deve estar muito, mas mesmo muito desiludido com a sua vila natal. 
Quero finalizar - sem qualquer tipo de presunção - com um exemplo esclarecedor. No fim-de-semana passado estive com dois amigos Portugueses na Bélgica, concretamente na cidade onde nasci. É uma pequena cidade rural de 20.000 habitantes (Penela tem quase 6.000) com uma superfície de 120 km2 (Penela 132 km2) e… não têm nenhuma freguesia. No país referido, desde a reforma administrativa em 1961 (há 50 anos!), só as cidades com mais de 100.000 habitantes podem manter um sistema de “subdivisões” ou “freguesias” e – o que é bastante elucidativo - só uma única, Antuérpia com mais de 500.000 habitantes, aproveita esta possibilidade.
Conclusões:
1º Penela perdeu a oportunidade de ser um exemplo motivador para o país inteiro.
2º Uma reforma parcial que não passa de uma pequena intervenção cosmética e superficial, não serve a Portugal em nada, bem pelo contrário, mais uma vez arriscamos continuar a correr atrás do comboio da história.

 

terça-feira, setembro 18, 2012

A partidocracia hipermadura

 
O Secretário de Estado, Paulo Júlio declarou há dois dias que o PSD vai vencer as autárquicas em Coimbra, o líder da oposição António Seguro votará contra o orçamento do Estado porque já ultrapassa Passos Coelho na sondagens e Paulo Portas hesita e hesita e hesita... Assim nesta partidocracia hipermadura, a preocupação principal dos partidos continua a ser "as próximas eleições". Mentalidade um pouco imoral considerando que neste momento Portugal só se mantém em pé graças aos dinheiros que a Troika nos empresta e que a população entrou num estado de pobreza como em nenhum outro país da Europa Ocidental. Falta o dinheiro que alguns destes Senhores ajudaram a esbanjar com grande entusiasmo...

sexta-feira, setembro 14, 2012

As perspectivas deprimentes dos Portugueses

Porque a seguir vem aí outra vez a matilha do Sócrates. Será isto mesmo o destino inevitável para Portugal ? Uma partidocracia estéril, incompetente e auto-repetitiva...?

segunda-feira, setembro 10, 2012

Ideias estranhas sobre a higiene...


Um freguês distraído poderia pensar que os caixotes de lixo de Penela (neste caso de Podentes) correspondem aos critérios geralmente em vigor nos países civilizados: todavia não é o caso. Assim mostram uma etiqueta "LAVADO E DESINFECTADO" que manifestamente nunca foi preenchida, impedindo desta maneira qualquer controlo por parte do cidadão curioso. No entanto, esta curiosidade tem por vezes um motivo forte; de facto - e com alguma frequência - um cheiro nauseabundo e pestilencial emana dos caixotes referidos, altamente apreciado por legiões de moscas. A saúde pública não era um bem precioso?

segunda-feira, setembro 03, 2012

Para rir: as "Universidades" de Verão dos partidos



Eis a definição da palavra "universidade": uma instituição pluridisciplinar de formação de quadros profissionais de nível superior, de pesquisa e de domínio e cultivo do saber humano.
Cada verão, um bocadinho por toda Europa - e, claro, também em Portugal - os partidos políticos organizam as suas famosas "Universidades de Verão"
Estas sessões veraniças de endoutrinação colectiva orquestradas pelos políticos não correspondem em nada à definição referida : não têm nada de "universalidade", ao contrario, são adolescentes e crescidinhos das Jotas, já convencidos, que vão escutar professores igualmente convencidos (alguns talvez com diploma forjado) afim de chegar à conclusão que estão certos, infalíveis e que têm razão. Resumindo: uma grotesca masturbação intelectual em grupo, com direito a tempo de antena.
Devemos proibir os partidos de abusar de uma palavra tão carregada de história, humanismo e universalismo para denominar as suas reuniões em família:  o sentido verdadeiro da palavra "Universidade" deveria ser protegido e declarado "Património Espiritual da Humanidade"...

sexta-feira, agosto 24, 2012

Festa no campo: hábitos discutíveis...


Mentalidade estranha em Podentes - Penela : cada ano repete-se o mesmo ritual estranho e inexplicável: antes da festa nas Vendas, a Junta de Freguesia manda uma equipa que limpa freneticamente a área  (cortam as ervas), mas depois da festa nunca mais aparecem e deixam o lixo, papeis e latas no sítio. Como no filme: E O VENTO LEVOU.
Também não entendo como é compatível com a higiene pública, deixar organizar eventos destes sem prever qualquer tipo de instalação sanitária. Os vestígios desta falta estão ainda bem visíveis. "Não importa" pensam eles, "mesmo assim vamos ganhar as eleições em 2013..." E razão têm...

segunda-feira, agosto 13, 2012

Um pouco ridiculo: informação sobre as praias fluviais:


A Blanche Lda., media solutions, editou um "guia das PRAIAS FLUVIAIS" (na zona Centro). Infelizmente o guia peca por incompletude grosseira. Assim vários concelhos com famosas praias fluviais são omitidos: falamos de Figueiró dos Vinhos, da Lousã, de Gois, etc.   Ao contrário alguns concelhos aparecem estranhamente no meio de um nomans-land como é o caso de Sabugal ou de Oliveira do Hospital; mesmo o Gavião alentejano tem o seu lugarzinho. No final, é evidente que o critério para aparecer neste guia é uma contribuição financeira da parte dos concelhos mencionados. Não pagas, não apareces. Ainda bem que os mapas do Google ou da Michelin não funcionam nestes moldes. Grátis é, e incompleto também.

terça-feira, julho 10, 2012

Na Relva da Selva

Miguel Selvas, o meu talhante habitual, tem uma experiência profissional de mais de vinte anos. O homem, bom rapaz, acabou apenas a quarta classe, mas mesmo assim sabe escrever o seu nome correctamente, num mapa é capaz de indicar sem qualquer hesitação Lisboa, Porto e mesmo Coimbra e nas contas de cabeça é muito mais rápido do que qualquer maquineta: um quilo de febras e quinhentas gramas de morcela dão 8 euros e 40 cêntimos: ...toma! Para além disso o Miguel é exemplar do ponto de vista social: canta aos Domingos no coro da Igreja, é campeão de matraquilhos no bar da Associação e nunca bate na sua mulher. No que diz respeito à sua profissão é especialista em desmanchar cabritos, em cortar bifes muito fininhos e em preparar salsichas frescas.
Estimado Senhor Reitor da Universidade Independófona, dirijo-me a Vossa Excelência, a fim de requerer para o meu amigo o diploma de médico-cirurgião. Devido à sua inegável experiência em mexer em carnes, tendões e nervos, combinado com o seu rico currículo social, tem sem dúvida direito a um máximo de equivalências. Por isso, sugerimos que o candidato Miguel só faça quatro disciplinas semestrais, a saber: Higiene de facas, tesouras e bisturis (Prof. Anónimo), o cálculo de Honorários lucrativos (Prof. Incógnito), Técnicas para viajar a custo de Laboratórios (Prof.  Ausente) e Métodos para combinar o Público e o Privado (Prof. Espectro). Finalmente quero sublinhar que o Sr. Selvas é membro do Partido Sem Complexos e da Carpintaria Internacional. Aguardando respeitosamente....


quarta-feira, julho 04, 2012

A Troika de todas as frustrações


No Diário de Coimbra de 29-06-2012 foi publicado um artigo de opinião da mão do Dr. Horácio Pina Prata, ex-vereador da cidade de Coimbra, sobre a situação de Portugal na zona euro. O artigo aponta uns erros ortográficos crassos em palavras-provavelmente-chave como "furher" (Fhhrer), "Goebells" (Goebbels) ou "Sarkosy" (Sarkozy), mas pronto... Também não peca por delicadeza evocando o Fhhrer e Auschwitz em conjunto com Frau Merkel, porque sabemos (quase) todos que a mãe desta última era uma judia polaca… O autor parece um pouco obcecado com o espectro das colónias (a Alemanha já não tem colónias desde 1918) e demonstra um medo irracional por um eventual câmbio do estatuto de Portugal de ex-colonizador para novo-colonizado. Para além disso, como um verdadeiro kickboxer virtual, distribui pontapés e murros em todas as direcções, atingindo até o pobre Hollande, amigo íntimo da Sra.Trierweiler (não me diga, outro nome Alemão!) que é relegado para o papel de um vulgar colaboracionista do poder de Berlim. Finalmente o artigo - bastante confuso - acaba referindo-se ao inevitável paralelo entre o futebol e a política supostamente hegemonista da Alemanha: quer os Alemães postos de congestão, na linha do Prof. Marcelo que desejava que a cara da Merkel fosse desfeita… Manifestamente, alguns cronistas nacionais voam muito baixo.
Para ouvir vozes um pouco mais sensatas, talvez valha a pena ler alguns extractos de um artigo recente do excelente jornalista belga Van Overtveldt sobre “o completo não-senso de ‘martelar’ na Alemanha””.
“ …Parece um consenso quase completo atribuir o facto de não existir uma solução para a crise contínua do euro à inflexibilidade dos Alemães. “Martelar” na Alemanha tornou-se um hobby nacional em quase toda a “Eurolândia”, exceptuando os Países Baixos e a Finlândia. É estranho, porque não existem motivos para esta raiva…
….A Alemanha é acusada de quê? Resumindo em poucas palavras, acham que a Alemanha se aproveitou enormemente do euro e agora recusa de ser solidária com os outros países. A realidade é que no início do euro em 1999 a Alemanha era “o homem doente da Europa” (crescimento mínimo, desemprego muito alto, altos défices orçamentais e um balanço comercial desequilibrado); no dia de hoje é de longe a economia mais competitiva do nosso continente…
Foi concretamente o chanceler socialista Gerhard Schröder que começou e que continuou uma política de saneamento, flexibilização e moderação orçamental: já nos meados da primeira década do século XXI foi visível que a velha maquinaria social-económica sem fôlego se tinha transformado num conjunto forte e poderoso...
O argumento que defende que a Alemanha vegetou à custa dos outros países não tem fundamento: nada impediu os outros países de governar seguindo o exemplo da Alemanha … Se os outros países se tivessem igualmente transformado no que diz respeito à competitividade, as suas exportações teriam crescido….O crescimento económico não é um “zero sum game”: todos podem ganhar e o bem-estar pode aumentar...
…Agora dizer que a competitividade da Alemanha é exorbitante ou iníqua, evoca a imagem do ciclista que acha que o seu colega obteve uma vitória injusta porque treinou mais e melhor...
…Outro argumento é que os Alemães deveriam ser mais solidários…por outras palavras, sendo o membro financeiramente mais estável e sólido da zona euro, deveria tornar-se garante para as dívidas dos outros (p.ex. através de eurobonds), mas existem várias razões para a sua falta de entusiasmo para esta
cenário. De facto, a credibilidade de muitos países em relação à instauração de uma política de saneamento é mais do que duvidosa e, neste contexto, a Alemanha exige mais controlos e participação a nível europeu.
“Não”, dizem países como a Espanha, Itália e França: em primeiro lugar solidariedade e depois eventualmente mais participação. Querem as garantias da Alemanha para todos, sem admitir qualquer tipo de controlo por parte daquele país; é como se estivéssemos obrigado a pôr em circulação o nosso cartão de credito sem qualquer possibilidade de controlar o uso do mesmo.….
A Alemanha quer uma união política com desistência de competências em favor da Europa. É a única maneira inteligente para manter a união monetária. Os que no dia de hoje martelam continuamente na Alemanha, têm outra agenda: querem (ab-)usar da força financeira e orçamental da Alemanha para não serem obrigados a mudar demasiadamente as suas próprias agendas políticas.


segunda-feira, junho 11, 2012

Marcelo e a cara desfeita de Merkel


No contexto do jogo de futebol entre a Alemanha e Portugal, a prima donna dos comentadores "sobre tudo e qualquer coisa " em Portugal declarou aos meios de comunicação que lhe daria «um gozo acrescido ver a cara da senhora Merkel desfeita».  O Ex.mo. Sr. Professor Doutor (não será também ele um Engenheiro?)  esperava que o resultado do encontro de 11 futebolistas mimados e anormalmente ricos de cá com 11 futebolistas mimados e anormalmente ricos da Alemanha servisse de bastão para desfazer a cara da Chanceler alemã. De facto - na mente do Professor - foi a Angela Merkel que obrigou Portugal a entrar na zona euro e foi ela a responsável pela incapacidade Portuguesa de cumprir os critérios inerentes à adesão. Para além disso, a Merkel não quis compreender que o não-controlo das despesas, o novo-riquismo, a falta de produtividade, a corrupção e a incompetência dos políticos nacionais são simplesmente manifestações da nossa cultura latina que devem ser respeitadas e toleradas..
Não seria intelectualmente mais honesto dizer como Nikos Lekkas, Grego e inspector das finanças a um jornal alemão: " Nos, Gregos, não merecemos misericórdia...(porque a culpa é nossa e de mais ninguém)"? . Estimado Sr. Professor Doutor, declarações como as suas só desprestigiam Portugal e os Portugueses: entretanto a Angela Merkel tenta garantir aos Alemães - incluindo às dezenas de milhares de imigrantes Portugueses - bifes maiores, roupas melhores, escolas melhores e férias melhores do que nos temos. E é verdade: provavelmente não gosta atirar o dinheiro dos contribuintes germânicos em poços sem fundo...
Se os nossos comentadores e políticos tivessem só metade do talento que demonstram Ronaldo, Meireles ou Nani no relvado...

sexta-feira, junho 01, 2012

Simões expulso, cartão vermelho para Providência

Em vários meios de comunicação, o vereador do desporto na Câmara de Coimbra, Luís Providência, fez mais uma vez uma demonstração flagrante da sua classe duvidosa, dando um pontapé nas costas do seu inimigo pessoal José Eduardo Simões, entretanto já KO no chão. Uma vez que a Justiça já decidiu e condenou, as opiniões do Sr. Vereador eram perfeitamente dispensáveis: mas lhe da manifestamente gozo dançar no cadáver do perdedor.
A sua declaração que " só em Portugal é que é possível uma pessoa naquelas circunstâncias ser eleita" não corresponde à realidade. Até existem países onde já foram eleitas pessoas presas na cadeia.
O que é bem típico de um cidadão menos desenvolvido é a sugestão que este caso - falamos de uma peripécia num clube de futebol!-  afecta a imagem da cidade inteira. Só quem é leitor exclusivo do Record  ou d' A Bola pode opinar que o prestigio de uma cidade milenar como Coimbra é dependente da vida interna de um clube de futebol (não é para rir?: Paris condicionado pelo Paris St. Germain, Roma pela Lazio e Berlim pelo Hertha).
Compreendemos que quem só tem o desporto como referência para se perpetuar nas poltronas da Câmara, tenha tendência a sobrevalorizar o impacto do mesmo e - quem sabe - nesta época de crise o povo talvez precise de uma dose mais forte de ópio.
Conclusão: de políticos que gostam de se referir ao Cristianismo, esperamos atitudes um pouco mais impregnadas de misericordia e de indulgência, até porque o Filho de Deus também disse: quem dentre vós estiver sem pecado, lance a primeira pedra.

quinta-feira, maio 31, 2012

A imprensa estrangeira sobre a fome das crianças Portuguesas


O jornal belga "Het Laatste Nieuws" publica hoje um artigo com o título "Milhares de  crianças Portuguesas vão à escola de estômago vazio". O texto refere-se a fontes da Unicef e estipula que isto é só o início do drama.
http://www.hln.be/hln/nl/960/Buitenland/article/detail/1446727/2012/05/31/Duizenden-Portugese-kinderen-gaan-met-lege-maag-naar-school.dhtml
No que diz respeito aos jovens portugueses com menos de 16 anos, a Unicef considera que 27% sofrem de dificuldades económicas (só a Letónia, Hungria, Bulgária e Roménia estão piores).  O mesmo relatório considera que uma criança deve dispor de 3 refeições por dia, um sítio tranquilo para fazer os trabalhos de casa, uma ligação à Internet, dois  pares de sapatos e a possibilidade festejar um evento especial, por exemplo, um aniversário. No caso de quase a metade das crianças portuguesas (46%) que vivem em famílias monoparentais isto não acontece (em Espanha 15%). Para crianças em famílias desempregadas a situação é ainda mais grave: 73% não atinge os mínimos indicados pela Unicef. A pobreza juvenil é três vezes superior à da na República Checa.
Faço a pergunta : as conquistas e Abril são quais exactamente? a liberdade de eleger tipos e tipas que conseguiram 3 vezes em 30 anos conduzir o país para a insolvência ? a liberdade de pagar durante gerações estádios e autoestradas inúteis? a liberdade de ser confrontado no parlamento e nos governos, dia após dia, com vaudevilles, escândalos e fantochadas ? a liberdade de continuar na ponta da cauda da Europa e deixar-se ultrapassar, um a um, por todos os outros países? Shame one you, políticos!

segunda-feira, maio 28, 2012

Penela: duplamente desfigurada.


O que apenas há alguns meses era um enorme espaço verdejante com florestas, montes, vinhas e olivais transformou-se num deserto mutilado. A paisagem bucólica que os primeiros Reis de Portugal de certeza observaram a partir do castelo de Penela com carinho e orgulho, deixou de existir. Os incêndios florestais do último mês de Março destruíram a flora (e a fauna?) numa grande escala. Todavia existe uma ideia consoladora: a enorme força regeneradora da natureza permite esperar que daqui a alguns anos este aspecto do drama vivido em Penela seja ultrapassado. O que no entanto é irrecuperável são os estragos infligidos pelo ser humano, nomeadamente pelo tipo de Homem que acha que pode recolher prestigio eterno através de obras faraónicas. O novo traçado do IC3, feio e impessoal como todas as autoestradas, deixará para sempre uma cicatriz incurável na cara de Penela. É impressionante ver como existem pessoas capazes de sacrificar o seu bem mais precioso, a natureza, no altar das ilusões e das quimeras. Aqui também somos confrontados com um caso similar aos denunciados por Luís Filipe Menezes: uma autoestrada inútil e excepcionalmente cara. Aqui também a  JSD terá a possibilidade de organizar grandes sardinhadas num ambiente de tranquilidade absoluta....Más serão sardinhas a preço de caviar e a pagar pelas gerações futuras.

Observação picante: os juízes do Tribunal de Contas queixam-se de ter sido induzidos em erro para aprovar cinco auto-estradas, no valor de dez mil milhões de euros. Pobres ingénuos que acham que toda esta fúria para construir autoestradas é só motivada pelo bem comum...

quarta-feira, maio 16, 2012

O Serviço Nacional de Saúde: um duche frio



Hoje foi publicado em vários órgãos da imprensa internacional um Relatório da Health Consumer Powerhouse com um índice nacional dos sistemas de saúde. Quem sempre esteve a glorificar sem reservas o sistema Português (uma das grandes conquistas do 25 de abril, etc. etc.) como sendo  um dos melhores do Mundo (sic) deve equiparar este estudo imparcial a um duche frio, mesmo gelado. De facto, este documento coloca Portugal na escala mais baixa da Europa Ocidental na companhia de alguns países de Leste como a Lituânia, Albânia e Hungria. Países como o Chipre, Eslovénia, Eslováquia e Croácia ultrapassaram de passo alegre o país do S.N.S. "modelar". O relatório critica várias situações que podem ser consultadas em (http://www.healthpowerhouse.com/files/ehci-2012-press-portugal.pdf). Vão contrapor que tudo isso é a culpa da crise, mas notem que a Islândia, até há pouco tempo completamente falida, se encontra num brilhante terceiro lugar. Ninguém discuta a necessidade de um serviço público de saúde para todos e completamente gratuito para os economicamente fracos: o que falta é um SNS com alguma qualidade. Qualquer um que já passou por um hospital ou uma urgência sabe que é quase sempre uma experiência humilhante: um clima de  promiscuidade, de desconforto, de confusão, de carência e de frieza burocrática. Não é de estranhar que nas (geralmente inconfortáveis) salas de espera, se encontre pouca gente "fina": pois têm as cunhas necessárias e conhecem os caminhos adequados para escapar a este tipo de purgatório ou, simplesmente, recorrem a instituições privadas ou estrangeiras. Quando há alguns dias, o Dr. Arnaut,  pai espiritual do SNS, disse recear que o SNS ia se transformar num serviço de segunda categoria exclusivamente para pobres, só estava equivocado num único ponto: pois, já é assim... O SNS é um bem social precioso, mas necessita de mais qualidade, mesmo muito mais, para chegar a um nível aceitável para a Europa Ocidental. Talvez algumas autoestradas, estádios e rotundas a menos teriam permitido ser mais magnânimo num sector vital para este povo em sofrimento.

terça-feira, maio 15, 2012

Hollande: Mr. Normal ou Mr. Banal?

Só hoje começou a presidência de François Hollande, o famoso Mr. Normal (ou Banal?) e o novo inquilino do Eliseu já está sob pressão.  Quando no dia da sua "entronização" referiu a Jules Ferry, um  presidente do fim do século XIX, como exemplo da laicidade e do ensino público, esqueceu-se de que  Ferry era também um colonialista com ideais racistas, o que provocou reacções imediatas de muitos africanos que tinham votado em Hollande. Outro caso: Hollande tinha declarado durante a sua campanha que nunca admitiria colaboradores políticos com "antecedentes"criminais. Todavia, hoje nomeou como Primeiro Ministro Jean-Marc Ayrault, o Presidente da Câmara Municipal de Nantes, condenado em 1997 a uma pena (suspensa) de 6 meses de prisão e 30 000 francs (4 600 euros) de multa por favorecimento ilegal a uma empresa encarregada da edição do Boletim Municipal. Tudo isso indica que os meios de comunicação favoráveis à direita vão pagar a Hollande e aos socialistas na mesma moeda que foi utilizada para perseguir Sarkozy: com ataques contínuos e incessantes.
Todavia,  para mim a questão fulcral é esta: será Hollande capaz de manter um bem muito precioso para os povos europeus: a amizade e a colaboração entre a França e a Alemanha, um pilar essencial para a paz e a prosperidade no nosso continente?  Enquanto Angela. Merkel pode mostrar resultados (hoje mesmo  ficámos a saber que a economia alemã esta a crescer além do previsto), François Hollande só tem a sua retórica socialista que necessita ainda de dar provas. Sabendo que ninguém, nem amigos nem inimigos, lhe vão lhe dar muito tempo....

quarta-feira, maio 09, 2012

Acabou o Magalhães, viva o PUPILTAB

A nova tablet Pupiltab para alunos, desenvolvida por uma empresa belga, manda o portátil Magalhães, um dos emblemas da governação de Sócrates para os livros de história. Vários modelos a partir de 75 euros, com imensas possibilidades.
http://www.ideasonculture.com/infobrochure-tablets.pdf

A triste "istória" do Português em Portugal

Em Lisboa, a professora da minha neta mandou riscar a letra "h" da palavra história. É o novo acordo ortográfico? Alguém pode me explicar o que se passa com a língua Portuguesa? É que eu já não entendo nada. O que fazer? Talvez uma grevezinha contra o rigor: ortográfico ou outro...

Mário Soares: a perfidia socialista

O "estadista" Mário Soares incita os Portugueses a denunciar os acordos com a Troika. Estes acordos foram negociados e assinados há pouco mais de um ano pelo PS, naquele momento governo de Portugal. O PS tinha manobrado o país até à beira do colapso económico-financeiro mediante políticas esbanjadoras contínuas, apimentadas com um cocktail de incompetência e corrupção. No final, o Dr. Mário Soares incita os Portugueses a demonstrar uma vez para sempre que Portugal é uma república das bananas que não respeita os seus compromissos internacionais. Mais uma humilhação após a da quase-bancarrota. Será que um país com "estadistas" desta qualidade e com comportamentos desta natureza tem futuro dentro da União Europeia?

quinta-feira, maio 03, 2012

O Presidente real e as ovelhas virtuais

Segundo o Diário as Beiras de 28-4-2012, o Presidente da República considerou os Projectos de Penela como um exemplo para o país. A palavra "exemplo" em si pode ter significados diferentes: podemos ter exemplos 'bons' para imitar e outros 'negativos' a evitar. Para além disso, não era de esperar que um Presidente oriundo do PSD, visitando durante algumas horas um município dominado desde há décadas pelo mesmo PSD, tivesse a indelicadeza de criticar os seus anfitriões. Projectos municipais são exemplos 'bons' quando se transformam em realizações que proporcionam mais qualidade de vida, mais emprego e mais riqueza à comunidade local. Projectos que não passam de "gadgets" e "modernices gratuitas" para o Inglês (ou o Presidente) ver,  não se enquadram nesta categoria. Muitos Penelenses vivem em circunstâncias económicas muito difíceis. Outros não têm acesso nem a rede telemóvel, nem a Internet, nem a saneamento público. Várias estradas estão num estado lastimável. O comercio local conhece graves dificuldades. Contar ovelhinhas virtuais pode servir para adormecer e esquecer, porque a vida diária - também em Penela- é dura e bem real.

segunda-feira, abril 02, 2012

O não à extinção de freguesias = o folcore ao poder?

No Sábado passado, foi possível ver Portugal no seu melhor: em Lisboa desfilaram milhares de pessoas, entre os quais grupos folclóricos, acordeonistas e outros Zés Pereiras, contra a extinção de freguesias.  Enquanto muitos países resolveram já há décadas o problema do excesso de entidades minúsculas abaixo do nível de "Câmara Municipal", continua a ser possível em Portugal mobilizar multidões contra esta reforma tão necessária. Qual será o mal trocar as Juntas constituidas por via política e pagas pelo contribuinte, por serviços administrativos, provavelmente de maior competência, prestados por um funcionário da Câmara? Estarão à disposição da população nas instalações existentes, uma ou mais tardes por semana. Admito que tenho algumas experiências traumáticas com Juntas de freguesias geridas à base de favores e cunhas e neste contexto prefiro sem duvidas um tratamento administrativo neutro, objectivo e não politizado: que tratem dos meus assuntos não pode depender da benevolência de alguém, mas é simplesmente um direito meu. Quem explicará à Troika que o interior de Portugal - e não só - ainda anda à hora do paternalismo paroquial mais antiquado?
E...vamos apostar que o Governo irá ceder ?

sexta-feira, março 30, 2012

A imprensa desportiva, onde reina o infantil...

Títulos ridículos: a imprensa desportiva Portuguesa tem um nível populista inimaginável. Os títulos de hoje dos 3 grandes: "Leão deixa presa vivo", "Rugido de Leão" e "Insua até fura metal" Um título normal podia ter sido por exemplo: Vitória complicada para o Sporting". O povo precisa mesmo de muito ópio.

quarta-feira, março 28, 2012

A incapacidade de conservar e manter as coisas

Na zona Sul Coimbra está a ser construída a nova IC3, uma obra faraónica que custa fortunas e que me parece - como tantas outras neste país - supérflua. No mesmo tempo, na mesma região, fica bem visível a incapacidade das entidades públicas de conservar e manter o que existe. Nesta imagem podem ver o estado lastimável da EN110 (uma Estrada Nacional!!!), uma tortura para os carros e um perigo para os condutores. Esta incapacidade de conservar as coisas é quase uma regra geral em Portugal:  olhem só para muitas escolas ou hospitais, após 20-25 anos já parecem velhos, vitimas de uma manutenção deficiente...

segunda-feira, março 26, 2012

Luís Filipe Menezes: correcto mas incompleto (1)



No Congresso do PSD - que teve lugar no último fim de semana - Luís Filipe Menezes denunciou as autoestradas inúteis construídas pelo PS na sua região. Atitude 100 % correcta. Todavia para ser completo deveria também ter revelado algumas obras concebidas sob a pressão de autarcas do PSD, como por exemplo a famosa IC3, agora iniciada entre Penela e Coimbra. Além de destruir uma paisagem histórica de Portugal, os dinheiros gastos com aquela autoestrada de certeza também davam para diminuir um pouco os cortes nas reformas. E... não tenho duvidas, também aí a JSD terá a possibilidade de organizar grandes sardinhadas num ambiente de tranquilidade absoluta....

terça-feira, março 20, 2012

Países no marasmo

Na Itália foi iniciada uma grande acção contra a máfia napolitana e já foram confiscados mil milhões de euros. 16 juízes vão ser presos. A Itália não esta doente: está simplesmente podre. O Banco Mundial publicou em 2011 um estudo comparativo entre 4 países do sul da Europa (Itália, Espanha, Grécia e Portugal) e a média do grupo de países que formam o núcleo da zona Euro: Alemanha, França, Benelux, Finlândia, Irlanda e Áustria. Os critérios foram 3: "a eficácia das autoridades", "a qualidade do estado de direito", "o controle da corrupção". Mesmo não estando no último lugar, Portugal permanece na companhia de "amigos" pouco recomendáveis. http://trends.knack.be/economie/opinie/columns/johan-van-overtveldt/hoe-ziek-is-italie/article-4000069842835.htm?nb-handled=true&utm_medium=Email&utm_source=Newsletter-20-03-2012&utm_campaign=Newsletter-Trends-nl

sexta-feira, março 16, 2012

Incrível: a organização do ensino em Portugal


A minha neta acabou de receber ontem da sua professora a carta em anexo: com uma antecedência de apenas 2 dias, a professora anuncia que vai faltar e que os miúdos podem ir em férias antecipadamente. Não há  explicações, não há substituto: desenrasquem-se... Honestamente, acreditam que isto seria possível num outro país supostamente civilizado? Nem falamos do estilo ou do aspecto da carta....

Finalmente uma cerveja com sabor em Portugal

A cerveja não é uma especialidade de Portugal ( nem existe uma palavra concreta em Português para "brewery" ou "brasserie"...) de tal modo que os líquidos produzidos pelas duas marcas mais vendidas no mercado nacional, manifestamente só têm uma finalidade: matar a sede. Houve algumas tentativas infelizes par imitar as grandes cervejas tradicionais (de fermentação alta) do norte da Europa, mas - como era de prever - falharam estrondosamente. Agora, a Sagres lançou uma nova variedade, "Puro Malte". Devo admitir que foi uma surpresa agradável. Finalmente temos aqui uma cerveja que se pode beber por prazer, que tem um sabor característico e que - muito importante - não contêm aditivos, corantes ou conservantes. Parabéns!

terça-feira, março 13, 2012

O "caroussel" da mediocridade começa: demissão de Henrique Gomes

O Governo tenta fazer os possíveis neste tempo de crise, mas com uma inabilidade flagrante: são enganos e erros sem fim. A primeira demissão do Governo actual prova que a equipa de Passos Coelho não traz mentalidades radicalmente diferentes das outras do passado recente. Começa agora um "caroussel" de demissões e de novas nomeações. Dunning e Kruger já tinham demonstrado que um dos pontos fracos da democracia é a sua base própria, os eleitores: não têm capacidade para escolher os melhores candidatos (se existem). Exagerando um pouco podemos talvez dizer: é a ditadura da mediocridade.

quinta-feira, março 08, 2012

As águas de Coimbra: amarelas e sujas

Eis uma fotografia que mostra o aspecto repugnante da água canalizada de Coimbra, na zona industrial de Taveiro durante esta última semana. Esta água pode ser consumida? Não provocará problemas para a saúde?  

quarta-feira, março 07, 2012

Reabilitação urbana: Podentes-Penela

Num dos principais lugares da freguesia de Podentes-Penela podemos ver este monstruoso quadro em alumínio, vestígio das últimas eleições municipais. Há  3 anos que está aí, desfigurando o aspecto geral da povoação. Talvez que o quadro- que tinha publicidade para os candidatos do PSD - ficará aí eternamente, sempre ao dispor do partido também eternamente no poder em Penela. 

quinta-feira, março 01, 2012

Arquitecto Português em Gent

Na cidade de Gent - Bélgica, o arquitecto de origem Portuguesa, A. Pinto transformou há 20 anos um velho armazém num fantastico espaço bar-restaurante. Após duas décadas de êxito, o bar-restaurante "Pakhuis" (=armazém) continua na moda, não só devido ao ambiente requintado mas também porque dispõe de uma cozinha bem refinada. Ver mais em   http://www.pakhuis.be/

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Aux armes citoyens...

Tentarei emergir da tristeza imensa na qual mergulhei durante tanto tempo. Da indiferênça que me aprisionou a alma, da melancolia que se apoderou da minha mente e que paralisou as minhas mãos. Tentarei. Luctor et Emergo: como o lema da Zeelândia.