terça-feira, julho 07, 2009

Mendigar ou pedir : quando a semântica assombrea a ética

No meu contributo neste blog de 08-05-09 ("Mendigar em prol da juventude...) tentei provocar uma consciencialização dos cidadãos no que diz respeito à obrigação moral das entidades locais (Podentes-Penela) de apoiar uma Associação empenhada em promover a pratica do desporto entre a juventude.
Não, no lugar disso, desenvolveu-se uma discussão supérflua sobre a definição da palavra "mendigar", que parece ter eventualmente um significado magoativo. No dicionário verifiquei que um mendigo é um pedinte, alguém (neste caso a Associação) que é pobre e que solicita esmolas (como eu faço para algumas organizações das quais sou membro) . Admito que me estranhou ver numa terra tão cristã a palavra "mendigar" ser interpretada desta maneira: na Igreja católica ser pobre e mendigo é nem mais nem menos uma virtude e só refiro as 6 ordens religiosas mendicantes (entre os quais os Franciscanos, Carmelitas, Dominicanos e Agostinianos), que existem no seio da Igreja e que deram dezenas de santos . Ninguém me dirá que o São Francisco de Assis ou o São Domingos de Gusmão são pessoas desprezáveis. Honestamente, da minha parte, não atribuo nenhum sentido denigrante à palavra "mendigar", mas quem sou eu para discutir com lusófonos de gema sobre o vocabulário Português: pronto, substituo a palavra em questão por "pedir" e no campo da semântica está tudo resolvido.
Agora - e finalmente -já podemos voltar ao essencial : uma Associação que proporciona actividades desportivas aos jovens, promovendo a sua saúde e afastando-os da droga e de outros vícios destes tempos, não deveria estar em primeiro lugar para receber apoios das entidades ? Por exemplo, com verbas que permitem a construção de balneários decentes...
Toen ik het had in een vorige blogbijdrage over het jammerlijke feit dat een sportvereniging niet op overheidssteun kon rekenen om haar sanitaire installaties wat te verbeteren, maar moet bedelen om geld bij bedrijven, brak hier een diskussie los : niet over de grond van de zaak zelf, maar over het feit of het woord "bedelen" al of niet kwetsend is...

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