Quando há pouco tempo num jornal local, o Sr. Presidente da Câmara, lamentou que só 1/3 das habitações de Penela estavam ligadas à rede de saneamento, tinha toda a razão: é de facto arrepiante constatar que em 2013 a maior parte dos cidadãos de Penela não têm acesso a este tipo de serviço, normalmente considerado essencial numa sociedade moderna e evoluída. O saneamento generalizado é um dos pilares de qualquer política em prol da saúde pública e da preservação do ambiente: não é segredo para ninguém que os materiais fecais e os detergentes conspurcam gravemente os lençóis freáticos, uma situação potencialmente perigosa numa zona onde ainda muitas pessoas utilizam a água do seu poço. A principal justificação mencionada, nomeadamente a extensão e distância entre pequenas povoações (e subentendido a falta de dinheiro), não é sempre a única: há também casos flagrantes de planeamento débil. Um exemplo flagrante: quando há dois anos a vila de Podentes foi ligada à rede de saneamento, concretamente à nova central de bombagem (desculpem, mas não sou técnico na matéria) nas Vendas, a canalização dos esgotos atravessou quase toda a povoação referida, uma obra que provocou muito incómodo e transtorno. Todavia nenhuma habitação nas Vendas (como a minha por exemplo) teve a oportunidade de ser conectada à rede, mesmo com as condutas a passarem um metro à frente das nossas casas. A explicação era que “isto não estava previsto no orçamento”. Com outras palavras: daqui a alguns anos vão outra vez rasgar as estradas e – além das novas perturbações para a população local - o contribuinte pagará o dobro.
quinta-feira, fevereiro 21, 2013
Dinheiro desperdiçado e falta de dinheiro
Quando há pouco tempo num jornal local, o Sr. Presidente da Câmara, lamentou que só 1/3 das habitações de Penela estavam ligadas à rede de saneamento, tinha toda a razão: é de facto arrepiante constatar que em 2013 a maior parte dos cidadãos de Penela não têm acesso a este tipo de serviço, normalmente considerado essencial numa sociedade moderna e evoluída. O saneamento generalizado é um dos pilares de qualquer política em prol da saúde pública e da preservação do ambiente: não é segredo para ninguém que os materiais fecais e os detergentes conspurcam gravemente os lençóis freáticos, uma situação potencialmente perigosa numa zona onde ainda muitas pessoas utilizam a água do seu poço. A principal justificação mencionada, nomeadamente a extensão e distância entre pequenas povoações (e subentendido a falta de dinheiro), não é sempre a única: há também casos flagrantes de planeamento débil. Um exemplo flagrante: quando há dois anos a vila de Podentes foi ligada à rede de saneamento, concretamente à nova central de bombagem (desculpem, mas não sou técnico na matéria) nas Vendas, a canalização dos esgotos atravessou quase toda a povoação referida, uma obra que provocou muito incómodo e transtorno. Todavia nenhuma habitação nas Vendas (como a minha por exemplo) teve a oportunidade de ser conectada à rede, mesmo com as condutas a passarem um metro à frente das nossas casas. A explicação era que “isto não estava previsto no orçamento”. Com outras palavras: daqui a alguns anos vão outra vez rasgar as estradas e – além das novas perturbações para a população local - o contribuinte pagará o dobro.
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