quarta-feira, março 25, 2009

O sal no pão do CDS...

Com o devido respeito, mas o CDS/PP não tinha razão nenhuma em votar contra a proposta Lei do Sal no Pão. E por vários motivos. O primeiro é o da saúde pública. O argumento de que "a imposição de um tecto máximo de sal no pão seria uma intromissão directa do Estado num hábito pessoal " não vale, uma vez que o mesmo raciocínio permitiria vender álcool ou cigarros sem restrição. Talvez a comparação seja exagerada, mas neste contexto também os fumadores de haxixe e os "snifadores" de cocaína poderiam definir o seu vicio como sendo um hábito pessoal. Os deputados do CDS/PP devem saber que as despesas que a Segurança Social tem com as doenças provocadas pelo excesso de sal na alimentação (o tal hábito pessoal ), são pagos por todos os contribuintes, incluindo os que observam um regime salino saudável. Para além disso, não crendo que o gosto pelo sal seja uma característica geneticamente definida do Homem Português, deveria avaliar-se, se não é exactamente a ingestão diária de muito sal através do pão (e de outros alimentos) desde a infância precoce, um factor determinante que influencia a formação do tal "hábito pessoal" nefasto. Finalmente existe ainda um outro argumento contra o excesso de sal no pão e nos alimentos em geral : como todos sabemos, o sal tem uma capacidade forte para fixar a água e assim pagamos como sendo pão, ingredientes que são na realidade simplesmente sal e agua. Façam o teste e deixem um saquinho de plástico com 2-3 pães bem fechado pendurado ao sol durante algumas horas ... Será que os consumidores são diariamente vitimas de uma pequena burla económica ?
De kleine rechtse partij CDS heeft tegen het wetsvoorstel gestemd om het (in Portugal hoge) zoutgehalte in het brood geleidelijk aan te verminderen, met het argument dat dit een inmenging van de Staat is in wat een in feite een persoonlijke gewoonte zou zijn. Maar zijn hasjisch roken of cocaine snuiven ook geen persoonlijke gewoontes? En wie betaalt de kosten voor al die cardiovasculaire accidenten te wijten aan het overmatig zout gebruik in Portugal? Daarbij is er ook een economisch facetje aan de zaak : wat we betalen als zijnde brood is in feite voor een deel water en zout...

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