segunda-feira, janeiro 25, 2010

Penela onde os Provedores não contam....


Há meio ano atrás uma entidade de Penela-Podentes decidiu complicar a nossa vida pacata e mandou instalar em frente da nossa casa (a escassos metros de um posto de iluminação existente e amplamente satisfatório) um par de luminárias com uma intensidade tão forte que dificultam o nosso descanso (um direito constitucional); que interferem com o ciclo biológico dos nossos animais e que hipotecam a vida natural nocturna. Por pura coincidência (?) foram instaladas no dia antes do inicio da "festa de Stº António". Como já anteriormente referido, vivem naquele largo 5 pessoas, dos quais, 4 pertencem à nossa casa e à nossa família. Se é compreensível que festas necessitam de alguma luminosidade extra , não é nada normal fazer perdurar aquela situação para sempre!
Neste contexto apelei à mediação do Sr. Provedor da EDP, consciente de que nos países civilizados, em caso de desavindos entre entidades e cidadãos, as soluções propostas por um Provedor ou Ombudsman , são geralmente aceites pelas partes interessadas porque são ponderadas num espírito de neutralidade absoluta. O Provedor da EDP em Portugal, o Prof. Luís Valadares Tavares, é uma figura altamente qualificada com fama internacional (ver o seu currículo no http://provedordocliente.edp.pt/) e a EDP estipula que " o seu parecer será baseado em princípios objectivos e orientado por critérios de equidade tendo também em conta os quadros orientadores adoptados na União Europeia". Neste caso concreto, o Prof. Tavares concordou com o nosso ponto de vista e sugeriu só ligar as luminárias novas na altura da festa. Todavia, nada disso impressiona a edilidade de Penela, que "corajosamente" - como Asterix na sua aldeia nos fundos da Gália - resiste à civilização global : o Vereador responsável afirma que não pensa seguir as recomendações do Provedor ("somos nós quem manda aqui") mas sim as da Junta de Freguesia; como se o facto de ser um órgão eleito, significasse uma "carte blanche" para prejudicar cidadãos por meio de artefactos isentos de qualquer utilidade pública. Outro argumento para justificar a tortura subtil à qual somos diariamente submetidos, é que " a população local (neste caso pessoas que vivem a 300-500 ou mais metros e que obviamente não são incomodadas) gostam ver este largito (sem qualquer transito ou convívio social) fortemente iluminado . Por outras palavras : o critério em Podentes para colocar luminárias não é a sua necessidade para o transito ou a segurança, mas sim o peso da "vox populi", o populismo no seu estado puro ; é talvez esta a razão pela qual vários cruzamentos em Penela não dispõem de qualquer iluminação, simplesmente porque os populares omitiram a sua reclamação. Entretanto, como prova do desprezo completo pelas recomendações do Provedor, "alguém" mandou mesquinhamente retirar o posto antigo, o tal que era funcional e não incomodava ninguém. Que tristeza moral e mental...
Vlak voor ons huis werden 2 sterke en nutteloze lampen (publieke verlichting) aangebracht die onze nachtrust verstoren en de biologische levenscyclus van onze dieren ( o.a. reisduiven) aantast. We gingen aankloppen bij de Ombudsman van de Nationale Electriciteitsmaatschappij en deze beaamde ons voorstel om die sterke verlichting alleen in te schakelen in geval van feestelijkheden. De gemeente Penela zegt evenwel de suggesties van de Ombudsman te negeren met het argument dat de andere (ver afwonende) burgers die verlichting zo leuk vinden. Toch wel een eigenaardige redenering, niet?

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