terça-feira, outubro 14, 2008

Ranking de Universidades

O Diário "As Beiras" publicou ontem um artigo sobre a classificação da Universidade de Coimbra no World University Ranking, com um título principal ligeiramente enganador, a saber: "Coimbra continua a ser a melhor". A realidade no entanto é que, a Universidade de Coimbra desce de novo no Ranking Mundial para o 387º lugar e para o 6º a nível ibérico. Esta classificação pode ser vista no "top 200" do site http://www.timeshighereducation.co.uk/hybrid.asp?typeCode=243&pubCode=1 .
A impressão que tenho é que este ranking não é muito diferente da também famosa lista elaborada pela Universidade de Xangai. Uma classificação deste género vale mais do que uma mera explicação para o consumo local e merece uma análise mais aprofundada. Assim constatei com contentamento - provavelmente motivado por algum chauvinismo latente da minha parte - a excelente prestação das Universidades Neerlandófonas. De facto, nas primeiras 200 classificadas encontramos nem mais nem menos, do que 14 institutos de expressão neerlandesa ( dos Países Baixos e da parte Flamenga da Bélgica, ou seja um universo linguístico com apenas 22 milhões de praticantes). Comparada com a Francofonía (8 classificadas), o mundo Hispânico (3 classificadas) ou a Lusofonia (só representada pela Universidade de São Paulo) é caso de um resultado extraordinário. Neste contexto, seria injusto omitir os êxitos também notáveis de alguns outros pequenos países como a Dinamarca, a Suíça, a Suécia ou Israel. Uma coisa esta fora de discussão: a qualidade do ensino universitário não está minimamente relacionada com importância numérica de uma ou outra zona linguística. Não disponho de autoridade nenhuma para interpretar estes dados, todavia tenho as minhas opiniões como cidadão. Sendo assim, não creio que a pletora de "universidadezinhas" em Portugal - que crescem como cogumelos por todo lado -, seja propicia ao incremento do nível do ensino superior; não só porque não cria quaisquer estímulos de competitividade intelectual como também desvia meios financeiros do objectivo principal que deveria continuar a ser em exclusivo as universidades "a sério". Além disso estou convencido que deveríamos mudar um pouco de mentalidade: fanfarronar menos sobre Grandeza, Prestigio e Mundos, e dedicar-nos mais ao trabalho assíduo, exigente e silencioso. Há bastantes cientistas que funcionam nestes moldes em Portugal, mas estes - excepto em alguns esplêndidos programas da RTP2 - têm raramente a oportunidade de aproximar-se dos microfones...
Het is toch merkwaardig dat in de World University Ranking bij de top-200 veertien (14) nederlandstalige ( Nl+Be) universiteiten zijn, meer dan frans-, spaans-, en portugeestalige samen. Er is dus zeker geen verband tussen het aantal sprekers van een taal en de kwaliteit van het hoger onderwijs in diezelfde taal.

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