sexta-feira, outubro 03, 2008

Sofro de banco-nojo incurável...

Nesta época de crise no mundo dos bancos, revoltam-me algumas declarações de dirigentes de bancos ou outras instituições financeiras na TV e nos meios de comunicação social.
Estes Senhores – com uma cara passada a ferro – vêm dizer que os cidadãos são uns estúpidos, culpados pela sua própria desgraça, porque recorrem a crédito para viagens exóticas acima dos seus meios, para carros com cilindradas demasiadamente altas e para casas excessivamente luxuosas. Talvez tenham razão e o freguês pouco inteligente pouparia de facto muito dinheiro continuando a viver na sua barraca, passando ferias no quintal e deslocando-se em bicicleta. Todavia o que é extremamente hipócrita é que as referidas instituições gastam milhões de euros em publicidade para seduzir o Zé Povo a endividar-se e a contrair aqueles empréstimos asfixiantes. Para esta finalidade não hesitam em contratar vedetas do mundo do desporto e do pequeno ecrã e oferecer a torto e direito prendas e brindes. A publicidade para produtos financeiras é na realidade tão amoral como para cigarros ou álcool e nesta lógica deveria ser proibida: também empurra milhares de famílias para o abismo sem suportar qualquer tipo de responsabilidade; pior ainda, quando o sistema está em crise os cidadãos são convidados através de diversas construções elaboradas por políticos coniventes a contribuir para tapar os buracos dos senhores banqueiros. Em palavras simples e directas: os cidadãos, através dos seus impostos, dão dinheiro aos mesmos que lhes estão a vender credito. O verdadeiro ovo de Colombo!
Não tenham muito pena: quando uma alta patente do banco se demite (ou se for demitido) não se afunda na miséria, nem deve ir ao fundo do desemprego: aterra confortavelmente com um pára-quedas em ouro que nunca vale menos de 1, 2 ou 3 milhões de euros: outra situação socialmente e humanamente indefensável...
Op TV komen de bankiers thans verklaren dat de gewone man een dommerik is die teveel leningen aangaat maar al de andere kant spenderen ze miljoenen aan publiciteit juist om de burger aan te zetten tot lenen. Dergelijke pub zou moeten verboden worden, net als die voor alcohol en sigaretten.

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